"Saudades não quer dizer que estamos longes, mas que um dia estivemos juntas..."

Um brinde a amizade, aos amigos.

Um brinde para celebrar um dos maiores tesouros

que podemos conquistar. Amigos existem de vários tipos. Os que nós só vemos quando visitamos os parentes no interior. Os que procuramos quando queremos desabafar, os da Internet, os que foram namorados, os que acabamos por nos apaixonar, os que são compreensivos, os que são solidários, os que sabem dos nossos segredos, os que nos contam segredos, os que ficamos horas a conversar, na escada do prédio, na esquina de casa, e a amizade acomoda-se num cantinhoespecial em nós, lá no fundinho do coração, de onde é quase impossível sair.
E que bom que seja assim. Assim ela alimenta-se, cresce e dá frutos. E os frutos da amizade são sempre saborosos, cheios de açúcar, com gostinho de mel.
E quem tem um amigo tem tudo. Tem a quem pedir ajuda a quem recorrer quando já não se sabe mais para onde ir, a quem ligar e chorar, quando tem problemas. Tem para
quem contar uma história, tem para quem reclamar da vida, mesmo sem ter motivo.

Um brinde aos que se foram, e deixaram saudades. Um brinde aos que virão. Sejam bem vindos! (Desconheço o Autor)

Reflexão...

Reflexão...

04/01/2011

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinicius de Moraes

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