"Saudades não quer dizer que estamos longes, mas que um dia estivemos juntas..."

Um brinde a amizade, aos amigos.

Um brinde para celebrar um dos maiores tesouros

que podemos conquistar. Amigos existem de vários tipos. Os que nós só vemos quando visitamos os parentes no interior. Os que procuramos quando queremos desabafar, os da Internet, os que foram namorados, os que acabamos por nos apaixonar, os que são compreensivos, os que são solidários, os que sabem dos nossos segredos, os que nos contam segredos, os que ficamos horas a conversar, na escada do prédio, na esquina de casa, e a amizade acomoda-se num cantinhoespecial em nós, lá no fundinho do coração, de onde é quase impossível sair.
E que bom que seja assim. Assim ela alimenta-se, cresce e dá frutos. E os frutos da amizade são sempre saborosos, cheios de açúcar, com gostinho de mel.
E quem tem um amigo tem tudo. Tem a quem pedir ajuda a quem recorrer quando já não se sabe mais para onde ir, a quem ligar e chorar, quando tem problemas. Tem para
quem contar uma história, tem para quem reclamar da vida, mesmo sem ter motivo.

Um brinde aos que se foram, e deixaram saudades. Um brinde aos que virão. Sejam bem vindos! (Desconheço o Autor)

Reflexão...

Reflexão...

17/01/2010

Imag Chef.com

Saudades...

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma
saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial,
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo
Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles
olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se
ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele
continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...”

(Miguel Falabella)

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